Dólar
fecha em baixa e Bovespa em alta, com destaque para ações da Petrobras
- 22/02/2016 18h51
- Brasília
Wellton
Máximo – Repórter da Agência Brasil
Em um dia de otimismo no mercado
internacional, a moeda norte-americana teve forte queda e fechou no menor nível
em 12 dias. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve forte alta, com
destaque para as ações da Petrobras. O dólar comercial encerrou esta
segunda-feira (22) vendido a R$ 3,95, com queda de R$ 0,073 (-1,8%). A moeda
está na menor cotação desde o último dia 10 (R$ 3,936).
O dólar operou em queda durante
toda a sessão. Logo após a abertura do mercado, às 9h, estava sendo vendido
abaixo de R$ 4. Na mínima do dia, às 15h, chegou a ser cotado a R$ 3,932. A
divisa acumula queda de 1,85% em fevereiro e alta de 0,05% em 2016.
Na Bolsa de Valores, o dia também
foi de euforia. O índice Ibovespa encerrou esta segunda com alta de 4,07%, aos
43.235 pontos. O indicador está no maior nível desde 29 de dezembro (43.350
pontos).
As ações da Petrobras, as mais
negociadas, foram o grande destaque. Os papéis ordinários (que dão direito a
voto em assembleia de acionistas) saltaram 16,1% e fecharam vendidos a R$ 7,41.
As ações preferenciais (que dão preferência na distribuição de dividendos)
subiram 13%, para R$ 5,04. Beneficiadas pela subida do preço do ferro no
mercado internacional, as ações da Vale subiram 11,1% (papéis ordinários) e
8,2% (preferenciais).
O dia foi dominado pelo otimismo
nos mercados globais após a Agência Internacional de Energia divulgar um
relatório em que estimou queda na produção de gás de xisto nos Estados Unidos
em 2016 e 2017. Na China, a nomeação de um novo regulador para o sistema financeiro
e notícias de que o governo do país prepara novas medidas de estímulo econômico
animaram os investidores.
Nos últimos meses, as commodities
(bens primários com cotação internacional) têm caído fortemente por causa de
dados que mostram a desaceleração da economia chinesa. No ano passado, o país
cresceu 6,9%, a menor expansão em 25 anos. No caso do petróleo, o problema foi
agravado pela resistência de países em cortar o excesso de produção, mas a
possibilidade do fechamento de um acordo para reduzir a oferta tem elevado as
cotações nos últimos dias.
A retração da China, a segunda
maior economia do planeta, prejudica países exportadores de commodities,
como o Brasil, porque reduz a demanda global por matérias-primas e produtos
agrícolas. Com as exportações mais baratas, menos dólares entram no mercado
brasileiro, empurrando para cima a cotação da moeda norte-americana.
Edição: Nádia
Franco
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