Governo
considera 2017 um ano excepcional na produção agrícola brasileira
- 31/12/2017 11h33
- Brasília
Olga
Bardawil - Repórter da Agência Brasil*
O ano de 2017 está sendo
considerado excepcional para a agricultura brasileira. A surpressafra de 238
milhões de toneladas de grãos produzida em 2017 é um marco histórico, segundo
Neri Geller, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O ano de
2017 está sendo considerado excepcional para a agricultura brasileiraArquivo/Agência
Brasil
Ele atribuiu o resultado a uma
conjunção de fatores positivos que ajudou a consolidar o Brasil como um dos
mais importantes players do agronegócio no mercado global. Geller lembra
ainda que o Plano Agrícola e Pecuário "propiciou os instrumentos
necessários para o produtor trabalhar com tranquilidade e segurança”.
Ao fazer o balanço da Politica
Agrícola em 2017, o secretário destacou que a mobilização de recursos alcançou
o total de R$188,3 bilhões para o crédito rural em operações de plantio,
comercialização e custeio para a safra 2017/18. Para o Seguro Rural foram
destinados R$ 550 milhões e R$ 1,4 bilhão no apoio à comercialização da
Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
Também estão garantidos recursos
de investimentos em armazenagem de R$ 1,6 bilhão. Além disso, o Pronamp
(Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) disponibilizou um total de
R$ 21,7 bilhões, sendo R$ 18 bilhões para custeio, e R$ 3,7 bilhões para
investimentos". disse o secretário.
Modernização
Modernizar a produção agrícola
foi, segundo o secretário, parte integrante da Politica Agrícola em 2017. Ele
lembrou que o programa de Inovação Tecnológica (Inovagro) disponibilizou linha
de crédito para conectividade no campo, o que contribuiu para melhorar ainda
mais a gestão das propriedades rurais, por meio da informatização e acesso à
internet. O programa, que financia equipamentos de agricultura de
precisão, conta com R$ 1,26 bilhão, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor.
Outro programa importante na
avaliação de Geller foi o de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e
Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) que foi ampliado em em 82%
passando a contar com R$ 9,2 bilhões. O programa permite o financiamento de
máquinas e implementos agrícolas em até 90% com prazo de pagamento de sete
anos. O limite de financiamento de custeio é de R$ 3 milhões por produtor, por
ano-agrícola. Para o médio produtor o limite é de R$ 1,5 milhão. O prazo de
pagamento é de 14 meses para produtores de grãos.
Infraestrutura e logística
Um dos gargalos da produção
agrícola, o escoamento de toda a produção agrícola, principalmente a da Região
Centro-Oeste, recebeu uma atenção especial em 2017. O secretário explicou que
empreendimentos privados, implantados com o apoio do governo federal,
permitiram a inversão do rumo logístico de boa parte da exportação brasileira
de soja e milho, e a expansão da capacidade dos corredores de exportação do
Arco Norte - formado pelos portos das regiões Norte e Nordeste.
A exportação por esses portos
deverá totalizar 26 milhões de toneladas embarcadas para o exterior,
representando 24% da exportação nacional. O Arco Norte já tem capacidade de
embarque de 40 milhões de toneladas/ano de granéis agrícolas, número que deverá
ser ampliado, de acordo com as demandas do setor produtivo.
“Por esse vetor logístico’,
observou Neri Geller, “os custos de movimentação se situam bem abaixo daqueles
registrados pelos portos do Sul/Sudeste, considerando-se o município
mato-grossense de Sorriso como ponto de referência. Isso confere ao produtor
rural a oportunidade de ampliar sua receita, pela economia obtida na cadeia
logística, com reflexos positivos no desenvolvimento regional, na ampliação das
áreas produtivas e na geração de emprego e renda”.
O custo médio da logística de
movimentação para os portos do Pará e Amapá poderá ter redução de US$ 50 por
tonelada no transporte da fazenda ao porto, o que resulta em maior apropriação
de receita pelos produtores e, consequentemente, maior desenvolvimento regional
e geração de emprego e renda.
“A melhoria das condições de
logística e infraestrutura – após a conclusão das obras da BR 163 – é condição
imprescindível para o escoamento da produção, o que contribuirá para a
ampliação das exportações”, concluiu o Secretário de Política Agrícola. “Já
foram atingidos recordes, uma vez que de janeiro a novembro houve aumento em
13% das vendas ao exterior, quando comparado a 2016. Exportamos 65,8 milhões de
toneladas de soja e 25,2 milhões de toneladas de milho”. afirmou o secretário.
*Com informações da
Coordenação-geral de Comunicação Social
Edição: Aécio
Amado
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