Mercado
financeiro espera que taxa Selic fique em 14,25% ao ano
- 18/07/2016 09h07
- Brasília
Kelly
Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Banco Central produz o Boletim Focus, divulgado
semanalmente com número da economiaEBC
Instituições financeiras
consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de
juros, a Selic, em 14,25% ao ano, na reunião desta semana do Comitê de Política
Monetária (Copom), que começa amanhã (19) e termina quarta-feira (20).
Mas até o final do ano, a
expectativa é de redução da taxa básica. De acordo com as projeções, ao final
de 2016 a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de mais
cortes na taxa Selic, que encerrá o período em 11% ao ano.
Quando o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom reduz os juros
básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando
mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para
alcançar o objetivo de controlar a inflação.
Meta de inflação
O BC tem que encontrar equilíbrio
ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a
inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A
meta de inflação é de 4,5%, com limite superior de 6,5% este ano e 6% em 2017.
A expectativa de redução na taxa
Selic acompanha uma estimativa de inflação menor no próximo ano. Para 2017, as
instituições financeiras projetam inflação, medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), abaixo do teto da meta, em 5,30%, mas ainda
longe do centro do objetivo. A projeção anterior para o IPCA em 2017 era 5,40%.
Para este ano, a estimativa para o IPCA foi mantida em 7,26%, portanto, acima
do limite superior da meta.
Atividade econômica
Os números constam do Boletim
Focus, divulgado hoje pelo Banco Central. A estimativa de instituições
financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens
e serviços produzidos no país, foi ajustada de 3,30% para 3,25%, neste ano.
Para 2017, a estimativa de crescimento subiu de 1% para 1,1%.
A projeção para a cotação do
dólar foi alterada de R$ 3,40 para R$ 3,39, no fim deste ano, e de R$ 3,55 para
3,50, no fim de 2017.
Edição: Kleber
Sampaio
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